Apesar da tarifa maior, barcas navegam em condições inseguras
POR Livia Aragão
Rio - Bancos rasgados, pedaços do teto despencando, banheiros sujos, insetos, ferrugem, coletes sem data de fabricação ou validade e extintores de incêndio em falta. Esse é o conjunto de ‘vantagens’ que a Barcas S.A. oferece em troca do aumento de 60,7% no valor do passagem, válido a partir de sábado. Equipes de reportagem de O DIA percorreram composições que fazem o trajeto da Praça 15 para Ilha do Governador e Niterói, e constataram a má conservação e o abandono da concessionária.
No corredor central de barca que ia do Cocotá para a Praça 15, faltavam extintores de incêndio | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Segundo a tenente Cláudia Diniz, responsável pela Divisão de Homologação de Material de Salvatagem da Marinha do Brasil, coletes sem data de fabricação estão fora da norma: “Não dá para verificar se o certificado que demos está dentro do prazo”.
Devido à superlotação, passageiros sentam nas escadas em barca do Centro para Niterói | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Filas de meia hora e passageiros em pé nas composições
Além dos incômodos de infraestrutura, quem quer atravessar a baía de Guanabara e fugir do trânsito precisa enfrentar ainda longas filas sob o sol, superlotação e calor. “É um descaso, sempre tem fila e a gente chega atrasado no trabalho”, se indigna o office boy, Rodrigo do Nascimento, 24, que mora em Niterói e utiliza as barcas todos os dias.
Na estação Araribóia, a equipe do jornal constatou quatro enormes filas que viravam o quarteirão com demora de mais de 20 minutos, composições cheias com usuários em pé e sentados nas escadas.
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