10/04/2012

CCR E BARCAS, SEGUNDO COLUNA DO SÉRGIO BARRETO MOTTA DO MONITOR MERCANTIL

CCR e barcas
A possibilidade de o grupo CCR assumir o controle da Barcas SA é um absurdo completo. Ainda bem que o Ministério Público contesta a transação. Foge à razão que um grupo domine o acesso rodoviário entre Rio e Niterói e também a ligação marítima. Na Europa e Estados Unidos essa pretensão sequer seria protocolada em uma agência de transportes, sendo negada liminarmente. No comando da ponte, a CCR só faz pintar faixas e cobrar pedágios. Tem estudos sofisticados, até para instalar uma via férrea acoplada à atual estrutura, mas opta por não investir e enriquecer com tarifas em uma via superlotada. As Barcas deveriam ser relicitadas, não cedidas a um grupo bilionário, após aumento de tarifas de 60%.
Sem muita cobertura da grande imprensa, a Via Dutra é um entrave ao desenvolvimento fluminense. As obras na Baixada só foram feitas desde que o senador Lindberg Farias, como prefeito de Nova Iguaçu, decidiu radicalizar, impedindo a passagem de caminhões, o que mostrou a inoperância do explorador da concessão. Todos os dias, há congestionamentos no acesso ao Rio, nos dois sentidos, de 6h às 10h e de 16h em diante. A descida da Serra das Araras, na Velha Dutra, onde a velocidade máxima é de 40 km por hora, gera seguidos acidentes, muitos com mortes e dificulta o desenvolvimento de indústria e comércio na capital fluminense. Se fosse ativa, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) poderia cancelar a concessão da CCR para a Dutra, por manter curvas dos anos 50 na principal via do país, em pleno século XXI.

COLUNA DO SÉRGIO BARRETO MOTTA DO MONITOR MERCANTIL
Fonte:http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=111086

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