CCR e barcas
A possibilidade de o grupo CCR
assumir o controle da Barcas SA é um absurdo completo. Ainda bem que o
Ministério Público contesta a transação. Foge à razão que um grupo
domine o acesso rodoviário entre Rio e Niterói e também a ligação
marítima. Na Europa e Estados Unidos essa pretensão sequer seria
protocolada em uma agência de transportes, sendo negada liminarmente. No
comando da ponte, a CCR só faz pintar faixas e cobrar pedágios. Tem
estudos sofisticados, até para instalar uma via férrea acoplada à atual
estrutura, mas opta por não investir e enriquecer com tarifas em uma via
superlotada. As Barcas deveriam ser relicitadas, não cedidas a um grupo
bilionário, após aumento de tarifas de 60%.
Sem muita cobertura da grande
imprensa, a Via Dutra é um entrave ao desenvolvimento fluminense. As
obras na Baixada só foram feitas desde que o senador Lindberg Farias,
como prefeito de Nova Iguaçu, decidiu radicalizar, impedindo a passagem
de caminhões, o que mostrou a inoperância do explorador da concessão.
Todos os dias, há congestionamentos no acesso ao Rio, nos dois sentidos,
de 6h às 10h e de 16h em diante. A descida da Serra das Araras, na
Velha Dutra, onde a velocidade máxima é de 40 km por hora, gera seguidos
acidentes, muitos com mortes e dificulta o desenvolvimento de indústria
e comércio na capital fluminense. Se fosse ativa, a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) poderia cancelar a concessão da CCR para a
Dutra, por manter curvas dos anos 50 na principal via do país, em pleno
século XXI.COLUNA DO SÉRGIO BARRETO MOTTA DO MONITOR MERCANTIL
Fonte:http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=111086
Nenhum comentário:
Postar um comentário